no Globo (rj - 02/03)...
Ana Cañas
Conheça a mais nova cantora da safra de mulheres bonitas e talentosas que movimentam a atual cena musical brasileira
A moça põe um chapeuzinho anos 20, enfia uma cartola na cabeça do baixista Fábio Sá e o convida para um dueto. Afinada, a dupla faz uma bela interpretação do clássico "Summertime", de Gershwin. No momento seguinte, ela pede licença à banda e canta sozinha "Saudosa maloca", de Adoniran Barbosa. O gestual da menina de vestido rodado e sapatilha amarela é gracioso — e, ao mesmo tempo, desengonçado, despretensioso, natural. Ela também faz caretas, muitas caretas.
Parece ter um rosto para cada uma das músicas que canta com a sua voz de diva. O show da moça em questão aconteceu no Estrela da Lapa, na terça-feira, 19 de fevereiro. Ela se chama Ana Cañas, tem 27 anos, nasceu em São Paulo e é a mais nova cantora da safra de mulheres bonitas e talentosas que movimentam a cena musical atualmente.
Aninha, como é chamada pelos amigos, chegou para engrossar um time que já conta com nomes como Vanessa da Mata, Mariana Aydar e Céu. Seu CD de estréia, "Ana Canãs — Amor e caos", está fresquinho. Saiu do forno em novembro. Mas a paulistana, que fez uma única apresentação no Rio, já tem estrada. E fãs de carteirinha.
A história de Ana Cañas começou timidamente num famoso bar de São Paulo, o Baretto, no Hotel Fasano. Por dois anos, de 2005 a 2007, ela cantou religiosamente de quinta-feira a sábado no pequeno palco do jazz-bar. Os shows aconteciam à uma da manhã para um público de no máximo 80 pessoas. Aos poucos, a cantora foi caindo nas graças da turma que interessa. Caetano Veloso, Chico Buarque, Paulinho da Viola, Toquinho, Seu Jorge, Naná Vasconcelos, Jorge Mautner, todos bateram ponto no Baretto para assistir às apresentações da novata que estava dando o que falar. Segundo Ana, suas pernas tremiam toda vez que aparecia um bamba na platéia. Ela conta que a temporada serviu para formá-la como cantora
Tinha intimidade com o lugar, com os músicos da casa, e aproveitou o espaço para criar, improvisar, experimentar. Em meados de 2007, resolveu raspar as economias e gravar um CD independente. Quando já estava com o repertório pronto, surgiu uma gravadora no meio do caminho. Coisa que Ana nem sonhava.
A Sony Music topou lançar o disco exatamente do jeito que ela queria, com composições próprias e poucas releituras. O CD logo vendeu cinco mil cópias, esgotando-se assim a primeira edição.
A cantora e atriz Marjorie Estiano assistiu ao show no Estrela da Lapa:
— Ela passa uma liberdade de quem conhece bem o seu instrumento. Ela vai brincando com a voz para onde bem entende.
O músico e escritor Jorge Mautner, de quem Ana gravou "Super Mulher", conta que, na primeira vez que ouviu o nome Ana Cañas, já achou interessante, diferente:
— Ela é uma cantora maravilhosa. Tem força, intensidade e uma coisa fogosa muito boa. A Ana envolve, emociona.
O sobrenome que chamou a atenção de Mautner é espanhol.
A mãe da cantora, Maria Del Carmem, nasceu em Madri. E o pai, Rafael, em Zaragoza. Apesar da dupla nacionalidade, Ana nunca esteve na Europa. Aliás, saiu poucas vezes de São Paulo. A infância e a adolescência foram tempos de pouca grana e muitos problemas. O pai, morto há dois anos, era doente, e a família de quatro filhos vivia com o salário de secretária da mãe. Ana cresceu no bairro do Itaim Bibi, Zona Sul da capital paulista. O primeiro contato com a arte aconteceu ainda no colégio.
Ela escreveu e montou uma peça de teatro, chamada "Ataque de Nervos", para apresentar em uma feira de ciências. Com o sucesso da empreitada, decidiu o seu futuro. Estudaria teatro, seria atriz. Quando chegou a hora de entrar para a faculdade, optou por Artes Cênicas, na USP.
Ana conta que tinha poucos incentivos culturais e artísticos em casa. Cresceu ouvindo música pop no rádio e nunca fez qualquer curso que a ajudasse a descobrir seu talento. O teatro era somente uma brincadeira de criança.
— Enfiei na cabeça que ia viver de teatro e estudei feito louca para entrar na USP — conta. — Mas eu era uma péssima atriz. Só me saía bem montando trilhas sonoras para as peças da turma. Cheguei a ganhar prêmios de melhor trilha na escola. Não cresci ouvindo Tom Jobim, Chico Buarque. Cresci ouvindo música pop. Nunca me disseram que eu podia cantar.
A refinada cantora Ana Cañas, amante de jazz e de boa música, é uma obra do destino lapidada pelo esforço.
Quando estava no segundo ano de faculdade, recebeu um telefonema de um colega falando de um teste para um musical. Na época, ela vivia de bicos: dava banho em cachorros, trabalhava de garçonete em festas infantis, labutava atrás do balcão no café de um cinema na Rua Augusta. Topava qualquer negócio por alguns trocados. Com dois aluguéis atrasados, resolveu, então, fazer o tal teste. No dia da inscrição, o diretor lhe entregou um CD para que ela ensaiasse uma única música.
Foi paixão à primeira audição. A música era "Night and Day", interpretada por Ella Fitzgerald. O musical nunca foi montado, mas mudou a vida de Ana. A partir dali, ela decidiu: viraria cantora.
— Lembro da sensação que a música me causou. Eu nunca tinha ouvido nada parecido, a voz usada como um instrumento. A Ella Fitzgerald cantava com a alma — diz.
Ana mergulhou no mundo do jazz. Enquanto estudava dia e noite em busca de cultura musical, começou a cantar na noite paulistana. Diz que só não cantou em churrascaria porque não foi convidada.
Em 2005, caiu do céu o cultuado palco do Baretto, com jazzistas da velha-guarda à sua disposição para montar um show. A carreira, então, decolou. Ana, no entanto, não está sentada em cima do recente sucesso, apesar de já ter até uma música em novela, "Coração vagabundo", de Caetano, tema do ator Humberto Martins em "Beleza pura".
Ela — que mora com o namorado, o artista plástico Flávio Rossi, há quatro anos — ainda quer recuperar o tempo perdido, ouvir tudo de bom que já foi gravado por aí. No momento, passeia pelo rock.
Acabou de descobrir, por exemplo, o grupo ACDC. Está encantada com Angus, o guitarrista. Fã de Marisa Monte, Rita Lee, Elis Regina e Cássia Eller, Ana é do tipo que se encanta, se apaixona. Para ela, a vida parece não ter sentido se não tiver a intensidade de uma Billie Holiday.
— O Seu Jorge uma vez me disse que eu não seria uma cantora de um só sucesso. Seria uma cantora para durar.— diz.
segunda-feira, 31 de março de 2008
Ana Cañas
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sábado, 29 de março de 2008
Queridos Amigos - Minissérie
Sinopse
Nos anos 70, Léo, Lena, Tito, Vânia, Ivan, Lúcia, Rui, Benny, Flora, Pingo, Raquel, Pedro e Bia formavam um grupo de amigos que se conheceram no auge da ditadura no país, nos colégios, faculdades e trabalho, e estabeleceram uma amizade profunda, a ponto de se referirem ao grupo como "a família". Separados ao longo do tempo em função das relações amorosas, da política, de mágoas e ressentimentos mal resolvidos, "a família" havia se reunido pela última vez no réveillon de 1981.
Em novembro de 1989, oito anos depois do último grande encontro dos amigos, tudo está bem diferente. Lena continua apaixonada por Ivan, mas nunca conseguiu perdoá-lo por ter largado o marido Guto e a filha Marina para viver um amor com ele, enquanto Ivan nunca conseguiu abandonar a esposa Regina. Vânia separou-se de Tito por não agüentar mais a falta de atenção dele, além de ver a família ser constantemente trocada pelas reuniões políticas, e hoje vive confortavelmente com o rico empresário Fernando. Rui e Lúcia vivem uma união perfeita, centrada no amor e na confiança, sendo um raro exemplo entre os amigos. O rico homossexual Benny, antes alegre e simpático, é hoje um completo descrente, frio e sério, com um comportamento autodestrutivo. Flora teve um breve casamento com Léo - para desgosto da mãe dele, a judia Ester, que nunca admitiu ver o filho casado com uma negra -, do qual nasceu Davi, porém, depois da separação, fica extremamente magoada.
Pingo e Raquel parecem um casal perfeito, mas ela nem desconfia que o marido, professor de literatura, tem um caso apaixonado com sua aluna Lorena. Pedro virou o perfeito retrato do abandono: trocou uma célebre carreira de escritor por uma vida depressiva depois que perdeu a esposa, Márcia, num acidente de carro. E Bia, a mais sensível dos amigos, refugia-se na astrologia e no budismo para conviver com as lembranças da época da ditadura, quando foi violentada; e com a própria mãe: Iraci. Esta é uma viúva, funcionária pública aposentada, exuberante e vaidosa, que se deixa conduzir em deliciosos passos de mambo por seu namorado, Alberto, que é casado. Apesar de gostar dele, ela não admite que ele se separe da esposa, a amargurada Teresa.
Ninguém mais sabe ao certo se a tal "família" ainda existe; ninguém nem mesmo sabe se os antigos vínculos de amizade, inquebrantáveis no passado, ainda estão mantidos. Todos seguiram caminhos distintos e, dispersados uns dos outros por força do destino, acabaram se tornando pessoas bastante diferentes das que eram ou pensavam ser. E, o que é mais significativo: todos estão cada vez mais distantes dos antigos sonhos.
O reencontro desses amigos é tramado por Léo. Rico e generoso, mas com gotas de melancolia no temperamento, Léo é o eixo entre todos os seus amigos. Todos tem enorme consideração por ele, que sempre os ajudou em diversos momentos de suas vidas. Quando se depara com a probabilidade da própria morte, Léo fica obcecado com a idéia de resgatar os antigos sonhos, ideais e paixões de seus queridos amigos.
Curiosidades
A trama é baseada no romance Aos Meus Amigos, de Maria Adelaide Amaral, que define a minissérie: "Toda a trama de Queridos Amigos se passa durante 25 dias no final dos anos 80, período em que o Brasil enfrentava muitos problemas econômicos, com a alta da inflação e planos econômicos sucessivos. No mundo, o surgimento dos yuppies e a queda do muro de Berlim eram alguns dos indícios que sinalizavam a perda de referência das esquerdas e o crescimento do individualismo."
A casa em que Leonardo (Dan Stulbach) vive e onde se desenrola a festa, referida como "na serra", localiza-se em Pedro do Rio (Petrópolis). É um projeto de Oscar Niemeyer de 1954, com jardins de Burle Marx e denominada Casa Edmundo Canavelas.
É o primeiro protagonista na carreira do ator Dan Stulbach.
Os atores Juca de Oliveira e Aracy Balabanian que fizeram par romântico em Nino, o Italianinho e A Fábrica (ambas na extinta TV Tupi) e em Pecado Rasgado (Globo), reencontram-se em "Queridos Amigos" depois de longos anos de desencontros.
A minissérie estreiou no mesmo dia da telenovela "Beleza Pura".
Maria Adelaide Amaral afirmou que não gostou de transpor o livro para a minissérie, pois a Globo a limitou.
Denise Saraceni afirmou que foi o melhor trabalho dela.
Minhas criticas:
Eu achei que a Minissérie foi a melhor de todas que a Globo já produziu até hoje,além da produção, atores selecionados para fazerem parte do elenco, o texto maravilhoso que nos faz emocionar reviver e pensar em nossas atitudes...
Estão todos de Parabéns!!!
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terça-feira, 18 de março de 2008
caetano Veloso
Nascido na Bahia, é o quinto dos oito filhos de José Teles Veloso (Seu Zezinho), funcionário público dos Correios falecido em 13 de dezembro de 1983 aos 82 anos, e Claudionor Viana Teles Veloso (Dona Canô), nascida em 16 de setembro de 1907. Ele escolheu o nome da irmã, inspirado em uma canção famosa da época (18 de junho de 1946) na voz do cantor Nélson Gonçalves, Maria Bethânia, do compositor Capiba. Na infância, foi fortemente influenciado por arte, música, desenho e pintura; as maiores influências musicais desta época foram alguns cantores em voga na época, como "o rei do baião" Luiz Gonzaga, e músicas de maior apelo regional, como sambas de roda e pontos de macumba. Em 1956 freqüentou o auditório da Rádio Nacional, na capital fluminense, que contava com apresentações dos maiores ídolos musicais brasileiros até esta data.
A irmã tornou-se uma das maiores intérpretes da história da música brasileira e Caetano tornou-se tão reconhecido quanto a irmã. É um dos grandes cantores e compositores, respeitado e ouvido pela mídia e pela crítica especializada, mudando-se posteriormente, mais precisamente em 1960, para Salvador, onde aprendeu a tocar violão. Além disso, apresentou-se em bares e casas noturnas de espetáculos. Nesta época, seu interesse por música se intensificou.
Trajetória artística
Durante show na Itália.Iniciou a carreira interpretando canções de bossa nova. Recebendo a influência de João Gilberto, um dos ícones e fundadores do movimento, em seguida ajudou a criar um estilo musical que ficou conhecido como MPB (música popular brasileira), deslocando o melodia pop na direção de um ativismo político e de conscientização social. O nome ficou então associado ao movimento hippie do final dos anos 60 e às canções do movimento da Tropicália. Trabalhou como crítico cinematográfico no jornal Diário de Notícias, dirigido pelo diretor e conterrâneo Glauber Rocha.
Participou na juventude de espetáculos semi-amadores ao lado de Tom Zé, da irmã Maria Bethânia e do parceiro Gilberto Gil, integrando o elenco de Nós por exemplo, Mora na filosofia e Nova bossa velha, velha bossa nova em 1964. O primeiro trabalho musical foi uma trilha sonora para a peça teatral Boca de ouro, do escritor Nelson Rodrigues, do qual Bethânia participou em 1963, e também escreveu a trilha da peça A exceção e a regra, do dramaturgo alemão Bertolt Brecht, dirigido por Álvaro Guimarães, na mesma época em que ingressou na Faculdade de Filosofia da Universidade Federal da Bahia.
Início da carreira musical
Foi lançado no cenário musical nacional pela irmã, a já reconhecida cantora Maria Bethânia, que gravou uma canção da autoria no primeiro disco, Sol negro, um dueto com Gal Costa, as cantoras que mais gravaram músicas da autoria. Em 1965, lançou o primeiro compacto, com as canções Cavaleiro e Samba em Paz, ambas de sua autoria, pela RCA, que posteriormente transformou-se em BMG (atualmente Sony BMG), participando também do musical Arena canta Bahia (ao lado de Gal, Gil, Bethânia e Tom Zé), dirigido por Augusto Boal e apresentado no TBC (São Paulo). Teve músicas inclusas na trilha do curta-metragem Viramundo, dirigido por Geraldo Sarno.
O primeiro LP gravado, em parceria com Gal Costa, foi Domingo (1967), produzido por Dori Caymmi, foi lançado pela gravadora Philips, que posteriormente transformou-se em Polygram (atualmente Universal Music), que lançaria quase todos os discos. Domingo contou com uma sonoridade totalmente bossa-novista, e a ele pertence o primeiro êxito popular da carreira, a canção Coração vagabundo. Mesmo não tendo sido um estrondoso sucesso, garantiu um bom reconhecimento à dupla e foi muito aclamado pelo meio musical da época, como Elis Regina, Wanda Sá, o próprio Dori Caymmi e Edu Lobo, marcando a estréia de ambos nessa gravadora, a convite do então diretor artístico João Araújo. A canção Um dia, no repertório deste, recebeu o prêmio de melhor letra no II Festival de Música Popular Brasileira da TV Record.
Tropicalismo
Caetano em 1996.Nesse mesmo ano, a canção Alegria, Alegria, que fez parte do repertório do primeiro LP individual, Caetano Veloso (janeiro de 1968), que trouxe canções como Alegria alegria, No dia em que vim-me embora, a antológica Tropicália, Soy loco por ti América e Superbacana, e também lançada em compacto simples, ao som de guitarras elétricas do grupo argentino Beat Boys, enlouqueceu o terceiro Festival de Música Popular Brasileira (TV Record, outubro de 1967), juntamente com Gilberto Gil, que interpretou Domingo no Parque, classificadas respectivamente em quarto e segundo lugar. Era o início do Tropicalismo, movimento este que representou uma grande efervescência na MPB.
Este marco foi realizado pelo lançamento do álbum Tropicália ou Panis et Circensis (julho de 1968), disco coletivo que contou com as participações de outros nomes consagrados do movimento, como Nara Leão, Torquato Neto, Rogério Duprat, Capinam, Tom Zé, Gil e Gal. Ficou associada a este contexto a canção É Proibido Proibir, da sua autoria (mesmo compacto que incluía a canção Torno a repetir, de domínio público), que ocasionou um dos muitos episódios antológicos da eliminatória do 3º Festival Internacional da Canção (TV Globo), no Teatro da Universidade Católica (São Paulo, 15 de setembro de 1968). Vestido com roupa de plástico, ele lança de improviso um histórico discurso contra a platéia e o júri. "Vocês não estão entendendo nada!", grita. A canção é desclassificada, mas também foi lançada em compacto simples. Em novembro, Gal defende sua canção Divino maravilhoso, parceria sua com Gil, no mesmo musical onde participou defendendo a canção Queremos guerra (de Jorge Benjor). Caetano lançou um compacto duplo que continha a gravação do samba A voz do morto que foi censurado, com isso o LP foi recolhido das lojas.
Ditadura militar
Desde o início da carreira, Veloso sempre demonstrou uma posição política ativa e esquerdista, ganhando por isso a inimizade do regime militar instituído no Brasil em 1964 e cujos governos perduraram até 1985. Por esse motivo, as canções foram freqüentemente censuradas neste período, e algumas até banidas. Em 27 de dezembro de 1968, Veloso e o parceiro Gilberto Gil foram presos, acusados de terem desrespeitado o hino nacional e a bandeira brasileira. Foram levados para o quartel do Exército de Marechal Deodoro, no Rio, e tiveram suas cabeças raspadas.
Ambos foram soltos em 19 de fevereiro de 1969, quarta-feira de cinzas, e seguiram para Salvador, onde tiveram de se manter em regime de confinamento, sem aparecer nem dar declarações em público. Em julho de 1969, após dois shows de despedida no Teatro Castro Alves, nos dias 20 e 21, Caetano e Gil partiram com suas mulheres, respectivamente as irmãs Dedé e Sandra Gadelha, para o exílio na Inglaterra. O espetáculo, precariamente gravado, se transformou no disco Barra 69, de três anos mais tarde.
Antes de partir para o exílio, em abril e maio de 1969, Caetano gravou as bases de voz e violão do próximo disco, Caetano Veloso, que foram mandadas para São Paulo, onde o maestro Rogério Duprat faria os arranjos e dirigiria as gravações do disco, lançado em agosto - um dos únicos que não traz uma foto sua na capa. No repertório, destaque para as canções Atrás do trio elétrico (lançada em novembro em compacto simples com Torno a repetir), Irene feita na cadeia em homenagem à irmã, o grande sucesso Marinheiro só, e regravações de Carolina, de Chico Buarque (regravada muitos anos depois no CD Prenda minha) e o tango argentino Cambalache.
A canção Não identificado, desse mesmo disco, foi lançada em novembro em compacto simples, juntamente com Charles anjo 45, de Jorge Ben, em dueto com o próprio. Além disso, também trabalhou como produtor musical, com João Gilberto (João voz e violão), Jorge Mautner (Antimaldito), Gal Costa (Cantar, cujo espetáculo originado deste também foi dirigido por ele) e a irmã Maria Bethânia (Drama - Anjo Exterminado, com faixa-título da autoria), caracterizando-se também por numerosas canções gravadas por outros intérpretes.
Década de 1970
Em janeiro de 1972, Caetano Veloso retornou definitivamente ao Brasil, após haver visitado o país em agosto de 1971, onde participou de um encontro histórico, ao lado de João Gilberto e Gal Costa, realizado pela extinta TV Tupi. Ao lado deste que fora uma das maiores influências, lançou em 1981 o álbum Brasil, com Gil, e ainda trouxe a participação especial de Bethânia, lançado pela gravadora WEA, paralelamente à estréia da peça O percevejo, do poeta russo Vladimir Maiakóvski, com a participação de Dedé Veloso como atriz, e alguns poemas musicados pelo próprio Caetano. Um deles, O amor, se tornaria sucesso na voz de Gal.
Em 1974 lançou, ao lado de Gil e Gal, o disco Temporada de verão, com destaque para a regravação de Felicidade, de Lupicínio Rodrigues, e as inéditas De noite na cama (que seria regravada posteriormente por Marisa Monte e Erasmo Carlos, novamente obtendo êxito) e O conteúdo, ambas de sua autoria.
A Tropicália seria retomada no álbum Tropicália 2 (1993), que comemorou os vinte e cinco anos do movimento e trinta anos de amizade entre Caetano e Gil, e ainda retomando a parceria entre ambos, contendo algumas doses de experimentalismo (Rap popcreto, Aboio, Dada, As coisas), uma crítica à situação política do país (Haiti - rap social da dupla), uma homenagem ao cinema (o movimento Cinema novo), ao carnaval baiano (Nossa gente - também gravada pela banda Cheiro de amor com sucesso), ao poeta Arnaldo Antunes (As coisas - cuja letra foi musicada de um trecho deste livro homônimo), e ainda ao músico Jimi Hendrix, com Wait until tomorrow. Anteriormente, ambos já haviam lançado um compacto simples com as canções Cada macaco no seu galho (Riachão), também inclusa no repertório deste, e Chiclete com banana (Gordurinha e Almira Castilho).
Em 1973, apresentou-se no evento Phono 73, série de espetáculos promovidos pela gravadora Philips com todo o elenco desta, no Anhembi (São Paulo), onde ele cantou a canção Eu vou tirar você deste lugar, do ícone considerado brega Odair José. Um compacto simples com as musicalizações para Dias dias dias (com citação para Volta, de Lupicínio Rodrigues) e Pulsar (Augusto de Campos) saiu encartado em Caixa preta (Edições Invenção), obra do poeta em parceria com Júlio Plaza; quatro anos depois, também saiu acoplado ao livro Viva vaia (editora Duas Cidades), que seria então publicado por Augusto. Participou de um espetáculo com Gilberto Gil na Nigéria (1977), onde passaram cerca de um mês. Em abril, foi publicado pela editora Pedra q ronca o livro Alegria alegria, com uma série de artigos, manifestos e poemas de Caetano, além de entrevistas com ele, realizada pelo conterrâneo, amigo e poeta Waly Salomão.
Em 1979, apresentou-se em um festival na TV Tupi defendendo a canção Dona culpa ficou solteira, de Jorge Ben, onde foi vaiado e a canção desclassificada.
Doces Bárbaros
Ao lado dos colegas Gilberto Gil e Gal Costa, lançou o disco Doces Bárbaros, do grupo batizado com o mesmo nome e idealizado pela irmã Maria Bethânia, que era um dos vocais da banda. O disco é considerado uma obra-prima; apesar disso, curiosamente na época do lançamento (1976) foi duramente criticado. Ao longo dos anos, o lema Doces Bárbaros foi tema de filme com direção de Jom Tob Azulay, DVD e enredo da escola de samba GRES Estação Primeira de Mangueira'em 1994, com a canção Atrás da verde-e-rosa só não vai quem já morreu (paráfrase do verso de Atrás do trio elétrico, gravada em 1969), puxadores de trio elétrico no carnaval de Salvador, apresentaram-se na praia de Copacabana e numa apresentação para a rainha da Inglaterra. O quarteto Doces Bárbaros era uma típica banda hippie dos anos 70.
Inicialmente o disco seria gravado em estúdio, mas por sugestão de Gal e Bethânia, foi o espetáculo que ficou registrado em disco, sendo quatro daquelas canções gravadas pouco tempo antes no compacto duplo de estúdio, com as canções Esotérico, Chuckberry Fields Forever, São João Xangô Menino e O seu Amor, todas gravações raras.
Anos 80
Nos anos 80, cresceu a popularidade no exterior, principalmente em Israel, Portugal, França e África. Comandou, em 1986, ao lado de outro dos grandes cantores de sua geração, o carioca Chico Buarque, com quem gravou um antológico disco ao vivo em 1972, na apresentação do programa Chico e Caetano (TV Globo). O sucesso deste acabou por originar o álbum Melhores momentos de Chico e Caetano, que contou com a participação especial, dentre outros, de Rita Lee, Jorge Benjor, Astor Piazzolla, Elza Soares, Tom Jobim, Luiz Caldas, o grupo Fundo de Quintal e Paulo Ricardo.
Além deste, neste ano lançou dois discos: Totalmente demais, originado de um espetáculo acústico (outubro de 1985) que fora gravado no hotel carioca Copacabana Palace. Este disco, lançado para o projeto Luz do Solo inclusive, foi o primeiro grande sucesso da carreira, que vendeu cerca de 250 mil cópias e que trouxe regravações de canções que fizeram sucesso na voz de outros cantores, com destaque para a faixa-título, proibida pelo regime militar havia três anos, e ainda Caetano Veloso, também conhecido como Acústico, pelo selo Nonesuch, que trouxe regravações dos antigos sucessos neste formato. Este disco contou com a participação especial de três músicos: Tony Costa (violão), Marcelo Costa e Armando Marçal (percussão). Lançado inicialmente nos EUA, onde foi gravado, foi distribuído no Brasil somente quatro anos depois (outubro de 1990) e obteve boa recepção crítica, originando um espetáculo na casa carioca Canecão, que seria reiniciado em abril de 1991. Nesse mesmo mês, no dia 21, dia de Tiradentes, fez uma apresentação em homenagem ao Dia da Terra, que contou com a participação de cerca de cinqüenta mil pessoas, realizado na enseada do Botafogo, no Rio de Janeiro.
Em 1981, o disco Outras palavras atingiu a marca de cem mil cópias vendidas, tornando-se o maior sucesso da carreira até então e lhe garantiu o primeiro Disco de Ouro. A vendagem deste disco foi impulsionada pelos sucessos Lua e estrela e Rapte-me camaleoa, esta última composta em homenagem à atriz Regina Casé. Neste disco também homenageou a também atriz Vera Zimmerman, com a canção Vera Gata, a língua portuguesa, numa incursão poética vanguardista (com a faixa-título), o estado de São Paulo (Nu com a minha música), o poeta Paulo Leminski (Verdura), a cultura do candomblé e umbanda (Sim/não), o grupo Os Trapalhões (Jeito de corpo) e o cantor francês Henri Salvador (Dans mon ile), a quem também homenageria na canção Reconvexo, gravada por Maria Bethânia. Nessa mesma época, causou polêmica ao se desentender com a imprensa especializada (jornalistas e poetas como Décio Pignatari com quem se reconciliaria em 6 de dezembro de 1986, José Guilherme Merquior - que o acusou de "pseudo-intelectual que tenta usurpar a área do pensamento", e Paulo Francis).
Participou como ator, em 1982, do filme Tabu, de Júlio Bressane, onde interpretou o compositor Lamartine Babo, e sete anos depois, de Os Sermões - A História de Antônio Vieira, como Gregório de Matos, também de autoria de Júlio. No ano seguinte, inaugurou o programa Conexão Internacional, da extinta TV Manchete, numa gravação realizada em Nova Iorque, onde entrevistou Mick Jagger, cantor do grupo Rolling Stones. Em fins de 1988 - dezembro, a editora Lumiar publicou um songbook (livro de canções), produzido por Almir Chediak, desmembrado em dois volumes e com as letras e cifras de 135 músicas.
Três anos depois, veio Velô, acompanhado pelos músicos da Banda Nova, com destaque, dentre outras, para Podres poderes, O pulsar, a regravação de Nine out of ten (gravada originalmente no álbum Transa, de 1972), O quereres, uma homenagem ao pai com O homem velho, Comeu, Shy moon e Língua, uma homenagem à língua portuguesa. Estas duas últimas contaram com as participações especiais de Ritchie e Elza Soares.
Valendo-se ainda do filão engajado da pós-ditadura cantou, ainda que com uma participação individual diminuta, no coro da versão brasileira de We Are the World, o hit estadunidense que juntou vozes e levantou fundos para a África ou USA for Africa. O projeto Nordeste Já (1985), abraçou a causa da seca nordestina, unindo 155 vozes num compacto, de criação coletiva, com as canções Chega de Mágoa e Seca d´Água. Elogiado pela competência das interpretações individuais, foi no entanto criticado pela incapacidade de harmonizar as vozes e o enquadramento de cada uma delas no coro.
Trilhas de filmes
Em 2004, foi considerado um dos mais respeitados e produtivos pop stars latino-americanos no mundo, com mais de cinqüenta álbuns lançados, incluindo canções em trilhas sonoras de filmes de longa-metragem como Hable con ella, de Pedro Almodóvar; Frida, uma biografia da pintora mexicana; São Bernardo, de Leon Hirszman, com roteiro a partir do romance homônimo de Graciliano Ramos; o documentário Cinema Falado, relançado em 2003 em DVD, cujo título remete ao primeiro verso de um antigo samba de Noel Rosa; Lisbela e o Prisioneiro, de Guel Arraes; Tieta do Agreste, de Cacá Diegues, baseado no romance homônimo do escritor Jorge Amado; A dama do lotação, de Neville de Almeida, baseado no conto homônimo de Nelson Rodrigues; O Quatrilho, de Fábio Barreto; O coronel e o lobisomem; Orfeu; Proezas do Satanás na Terra do Leva-e-Traz, de Paulo Gil Soares; Ó Paí, Ó, de Monique Gardenberg, dentre outros.
Em 2002 publicou um livro sobre o movimento da Tropicália, Tropical Truth: A Story of Music and Revolution in Brazil (Tropicália: uma história de música e revolução no Brasil) e em 1997 redigiu o texto de Verdade Tropical (editora Companhia das Letras - 524 páginas), livro este onde relatou as lembranças do Tropicalismo e um relato pessoal sobre a visão de mundo, paralelamente ao lançamento do CD Livro, muito elogiado pela crítica especializada e indicado para o prêmio Grammy Latino em setembro de 2000, na categoria World Music (Música do Mundo). No repertório, a recriação de um trecho do poema O Navio Negreiro, do conterrâneo Castro Alves, algumas canções inéditas (Os passistas, Doideca, Você é minha, Livro, Um tom, Manhatã - dedicada a Lulu Santos -, Não enche, Alexandre e Pra ninguém), regravações de clássicos da MPB (Na baixa do sapateiro, de Ary Barroso) e de canções de sua autoria (Onde o Rio é mais baiano e Minha voz, minha vida, feita nos anos 80, mais precisamente em 1982, para Gal Costa gravar), e How beautiful could a being be, do filho Moreno.
Deste disco, foi originado o espetáculo Prenda minha, que por sua vez originou o também elogiado CD homônimo, lançado em fins de 1998, que trouxe regravações dos antigos sucessos entre outras canções consagradas, na ausência total de canções do disco de estúdio. Inclusive este CD foi o primeiro a atingir a marca de um milhão de cópias vendidas na sua carreira, vendagem esta alavancada pelo estrondoso sucesso da regravação da canção Sozinho (Peninha), que incluída na trilha sonora da telenovela Suave Veneno, de Aguinaldo Silva, explodiu nas rádios brasileiras. Exibiu alta produtividade também como compositor, com viés predominantemente poético e intelectual.
Destaques discográficos
Caetano Veloso no Coliseu de Lisboa.A primeira produção de um CD totalmente em uma língua estrangeira foi A Foreign Sound -- Um som Estrangeiro (2004), no qual interpretou clássicos da música estadunidense e inglesa. Da vasta discografia, destacou-se também o álbum Estrangeiro, gravado em Nova Iorque, após uma série de apresentações na Itália em abril, foi gravado em parceria com Arto Lindsay, que obteve ótima recepção crítica da imprensa dos EUA, rendendo-lhe o extinto Prêmio Sharp (atual Prêmio Tim) de música (1989), tendo como um dos grandes êxitos a canção Meia lua inteira (de um compositor até então novato, Carlinhos Brown), que integrou a trilha sonora da telenovela Tieta de Aguinaldo Silva, e também gravou um LP em espanhol, Fina Estampa (1994), que trouxe clássicos latino-americanos com arranjos do maestro e violoncelista Jacques Morelenbaum, em estilo de bossa nova, e originou um álbum ao vivo homônimo, com parte daquelas canções entre outras músicas consagradas e pouco conhecidas da MPB (O samba e o tango, Canção de amor, Suas mãos, Lábios que beijei, Você esteve com meu bem), regravações dos antigos sucessos (Haiti, O pulsar, Itapuã, Soy loco por ti América) e canções em espanhol fora do disco de estúdio, com Cucurrucucú paloma, La barca e Ay amor. O espetáculo contou com poucas apresentações em território nacional, apresentando-se principalmente na cidade italiana de Nápoles (agosto de 1994, num encontro com o cantor Lucio Dalla). Inclusive a versão em CD do álbum de estúdio trouxe três músicas a mais: Tonada de luna llena, Lamento borincano e Vete de mi.
Outro trabalho que obteve relevante sucesso foi Omaggio a Federico e Giulietta (1999), com parte das canções em italiano (Come prima, Gelsomina e Luna rossa, que integrou a trilha sonora da telenovela Terra Nostra, de Benedito Ruy Barbosa), consistindo em uma homenagem ao cineasta italiano Federico Fellini e a esposa, a atriz cinematográfica Giulietta Masina, a quem também homenagearia na canção homônima, incluída neste mesmo disco. Ela também fez parte do repertório do disco Caetano (1987), que vendeu cem mil cópias. Inclusive esta canção foi proibida na época do lançamento. Diferentemente dos lançamentos anteriores, este Caetano não foi acompanhado de entrevistas. Caetano, desgostoso com a imprensa, quis cortar relações com ela. O espetáculo realizado em Paris (março de 1988), lhe garantiu uma aparição exclusiva na revista Vogue.
A maior parte das canções do álbum Caetano Veloso, gravado em Londres pelo selo Famous da Paramount Records, foram cantadas em inglês, e Transa mesclou português e inglês nas canções, ambos de 1971. Um dos sucessos deste, London London, acabou por ser regravada pelo grupo RPM quinze anos depois, novamente colocando a canção nas paradas de sucesso, e a regravação de Asa branca (de autoria da dupla Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira).
Transa, com uma capa inusitada em formato de objeto tridimensional, com destaque para a regravação do samba Mora na filosofia (de autoria da dupla Monsueto e Arnaldo Passos) e Triste Bahia (feita sobre inspiração de um trecho de soneto do conterrâneo, o poeta barroco Gregório de Matos). Transa também iniciou uma trilogia marcada pelo experimentalismo. O segundo trabalho nesse caminho foi o polêmico Araçá Azul (1972), que surpreendeu pelo perfil anticomercial, tendo por isso grande número de devoluções, foi retirado de catálogo e relançado somente em 1987.
Em fins de 1971 também lançou o compacto duplo O Carnaval de Caetano, com destaque para a canção Chuva, suor e cerveja, que obteve enorme sucesso no ano seguinte. Na época, lançou outros compactos destinados ao mercado carnavalesco: Piaba, Um frevo novo, A filha da Chiquita Bacana, Massa real e Deus e o diabo.
A última obra da trilogia foi Jóia (1975), lançado juntamente com Qualquer coisa. A capa original deste primeiro foi censurada por exibir um auto-retrato, a então mulher e o filho nus - num desenho de sua autoria, cuja capa só seria reconstituída dezesseis anos depois, quando da reedição em CD. A capa de Qualquer coisa foi uma paráfrase à do álbum Let it be, do grupo inglês The Beatles, a quem homenageou justamente nesses dois discos, com as canções Let it be, Eleanor Rigby e For no one (Qualquer coisa) e Help (Jóia).
Discografia
Durante apresentação no Coliseu de Lisboa.Domingo (1967) - com Gal Costa - CD de platina
Caetano Veloso (1968) - CD de ouro
Caetano Veloso (1969) - CD de ouro
Barra 69 - Caetano e Gil ao Vivo (1969) - com Gilberto Gil - CD de ouro
Caetano Veloso (1971) - inglês - CD de ouro
Transa (1972) - inglês - CD de ouro
Caetano e Chico Juntos ao Vivo (1972) - com Chico Buarque - CD de platina
Araçá Azul (1972) - CD de ouro
Temporada de Verão ao Vivo na Bahia (1974) - CD de ouro
Jóia (1975) - CD de ouro
Qualquer Coisa (1975) - CD de ouro
Doces Bárbaros (1976) - ao vivo - com Gil, Bethânia e Gal - CD de platina
Bicho 1977 (1977) - CD de ouro
Muitos Carnavais (1977) - CD de ouro
Muito - Dentro da Estrela Azulada (1978) - CD de ouro
Maria Bethânia e Caetano Veloso ao Vivo (1978) - com Maria Bethânia - CD de platina
Cinema Transcendental (1979) - CD de ouro
Outras Palavras (1981) - LP de ouro / CD de ouro
Brasil (1981) - CD de ouro
Cores, Nomes (1982) - LP de ouro / CD de ouro
Uns (1983) - LP de ouro / CD de ouro
Velô (1984) - LP de ouro / CD de ouro
Totalmente Demais (1986) - ao vivo - LP de platina - CD de ouro
Caetano Veloso (1986) - lançado no BRASIL em 1990 - CD de ouro
Caetano Veloso (1987) - CD de ouro
Estrangeiro (1989) - CD de ouro
Circuladô (1991) - CD de ouro
Circuladô ao Vivo (1992) - LP de ouro / CD de ouro
Tropicália 2 (1993) - LP de ouro / CD de ouro
Fina Estampa (1994) - espanhol - CD de platina dupla
Fina Estampa ao Vivo (1994) - CD de platina
Tieta do Agreste (1996) - CD de ouro
Livro (1997) - CD de platina
Prenda Minha (1999) - ao vivo - CD DE DIAMANTE DUPLO
Omaggio a Federico e Giulieta ao Vivo (1999) - CD de ouro
Noites do Norte (2000) - CD de ouro
Noites do Norte ao Vivo (2001) - CD de ouro
Eu Não Peço Desculpa (2002) - CD de ouro
Todo Caetano (caixa com 40 CDs) (2002)
A Foreign Sound (2004) - inglês - CD de ouro
Ongotô (2005)
Cê (2006) - CD de ouro
Cê ao vivo (2007)
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segunda-feira, 17 de março de 2008
Grupo Galpão - 25 Anos
O Grupo Galpão é uma companhia de teatro de pesquisa criado há 25 anos. Montando espetáculos de grande comunicação com o público, a companhia tem sua origem ligada ao teatro popular e de rua.
Sediado na cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais, o Galpão é um dos grupos que mais viaja, não só pelo Brasil, como também pelo exterior, tendo participado de vários festivais em dezessete países da América Latina, América do Norte e Europa.
Grupo de atores que trabalha com diretores convidados, o Galpão desenvolve pesquisas com vários elementos cênicos, com destaque para as linguagens do circo e da música (sempre tocada ao vivo pelos próprios atores), traduzindo para uma linguagem brasileira vários clássicos, numa fusão do erudito e do popular.
Em 2007, o Galpão completa vinte e cinco anos de atividade teatral ininterrupta. Nesse um quarto de século, foram muitas conquistas – o grupo firmou-se como uma referência do teatro no Brasil.
Desenvolvendo um teatro de pesquisa, o Galpão se constitui como um grupo de atores que convida diferentes diretores para suas montagens. Sua linguagem de trabalho é resultado dessa série de encontros com diretores como Fernando Linares, Paulinho Polika, Eid Ribeiro, Gabriel Villela, Cacá Carvalho, Paulo José, Ulisses Cruz, Paulo de Moraes e tantos outros.
Os encontros com grupos e movimentos teatrais espalhados pelos quatro cantos do país, também foram fundamentais para a formação do jeito de ser do Galpão. Desde a sua formação, o Galpão sempre buscou as raízes de um teatro popular e de rua. Hoje, é um dos grupos que mais circula pelo país conseguindo chegar a todas as regiões do norte até o sul do Brasil, além de ter se apresentado em 17 países da Europa, EUA, Canadá e América Latina.
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sábado, 1 de março de 2008
Línox
Não é um programa de computador, sim um grande cantor e compositor...
Ele começou a sua carreira se mudando para o Rio de Janeiro aos 13 anos juntamente com Davi Moraes, Zé Ricardo, Gitto Sales, Modesto Jr., montaram o “Fibra de Vida” seu primeiro “trampo profissa”. Eles ensaiavam na casa do Moraes, pai do Davi e seu futuro patrão. A banda durou uns 7 anos mantendo, da formação original, só o Línox, Zé e Davi. Gravaram um disco pela Warner, abríram shows e eram a banda do Moraes Moreira de 89 a 92.
Se arriscou ainda em alguns trabalhos como musico “freela” (Milton Guedes, Nivaldo Ornelas, Renata Arruda e etc...).
Em meados de 95 ele criou o “Personagens”, um projeto-conceito musical com o cantor Paulo Loureiro e futuramente o pensador e diretor de teatral (também pertencente ao grupo do Ulpiano) André Monteiro. Numa busca de trazer o rep (Ritmo e Poesia) para sua essência, ampliando as possibilidades de ritmo e de poesia em uma atmosfera bem brasuca, o “Personagens” durou aproximadamente 4 anos.
Em 2000, com o fim do “Personagens”, começou a esboçar seu primeiro trampo solo e em janeiro de 2002 juntamente com Marcelo Mariano (Baixista), Newton Cardoso (Teclados) e Lincoln Novaes (Guitarras), produzi o Cd “Línox”, com 12 canções inéditas pelo selo-estúdio “Fibra Records”.
Atualmente ele está no seu segundo álbum chamado "Positivo", com musicas com letras pensativas e com mensagens positivas, destacando se as música: "Condição Humana", "Sorriso", "Sossegado" e "De Repente".
Suas músicas tocam nas rádios: Nova Brasil Fm, JB FM, MPB FM e Antena 1 FM.
Recomendo a todos a conhecerem as suas músicas!
Fonte: site oficial do Línox
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