Protagonista do filme “Maré: Uma História de Amor”, o carioca D’Black lança seu primeiro CD depois do sucesso espontâneo da música “Sem Ar” na Internet e rádios de todo o Brasil
Alguns artistas chegam à música por acaso, outros seguem o caminho natural da família e há quem conquiste os objetivos artísticos com muita batalha e persistência. É neste último caso que se encaixa o jovem cantor e compositor carioca D’Black, de 23 anos. “Sempre soube o que queria da vida. Quando olho para trás e vejo que tudo o que passei trouxe novas conquistas, tenho certeza que estou no caminho certo”, conta ele, prestes a realizar seu maior sonho: lançar um CD autoral por uma grande gravadora.
Guiado pelo sucesso espontâneo da balada “Sem Ar”, que tem mais de 40 milhões de visualizações na Internet (YouTube, My Space e PalcoMP3) e espaço cativo na programação das rádios de todo o Brasil, o álbum reúne 14 composições do cantor em parceria com amigos. “Escrevo sobre o que observo, minha vivência nas comunidades do Rio, violência, vida injusta, alegria de estar aqui, relacionamentos amorosos e sentimentos que qualquer jovem da minha idade passa”, conta ele. No álbum, D’Black dividiu os vocais com Jorge Aragão no samba “Minha Paixão” e Negra Li na verídica “1 Minuto”. “Me inspirei na experiência de um amigo, que só tinha um minuto no cartão telefônico para se declarar para uma garota”, lembra.
Nascido e criado no bairro de Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro, D’Black começou a carreira aos 10 anos de idade como solista do coral da escola onde estudava. Aos 12, se dedicou às aulas de dança – sapateado, jazz e dança de salão – e, aos 16, já era professor do Centro de Danças João Piccoli e dava aulas particulares de canto coral. “Com estas aulas que consegui dinheiro para pagar Escola de Música Villa-Lobos, onde cursei dois anos de canto e piano”, destaca.
ATOR & CANTOR
A carreira de cantor sempre se misturou com a de ator na vida de D’Black. Depois de passar por boy band, participar de seletivas de concursos musicais como Fama e Popstar e investir na carreira solo – do CD demo “Soul Brasileiro” surgiram músicas que são o embrião deste primeiro disco, como “Vilão & Negociador” e “Sem Ar” –, D’Black aproveitou as oportunidades de dramaturgia que surgiram em seu caminho. “Me inscrevi para o teste de bailarino do ‘Maré’ (filme) e acabei mostrando meu trabalho como cantor, ganhando o papel de protagonista e ainda interpretando a música-tema da trilha”, vibra. “Foram cerca 500 concorrentes e três meses de preparação só para saber se eu tinha cacife para o papel”, lembra, satisfeito.
Deste trabalho, D’Black coleciona grandes conquistas, como a estréia do filme no Festival de Berlim, a trilha sonora do longa, na qual interpreta seis músicas, e as aulas de preparação vocal com Felipe Abreu. Através do filme, ele também conheceu Pedro Luis, que o chamou para uma canja no Monobloco ano passado. Cantar para mais de 70 mil pessoas foi uma grande emoção”, comenta. Ainda como ator, o carioca fez uma participação em “Malhação”, atuou na novela “Vidas Opostas”, da Record, e passou uma temporada em São Paulo para gravar a novela “Dance, Dance, Dance”, da Band, como o personagem MP3. Sua canção “Mais e Mais Amor” ainda entrou na trilha sonora da novela “Luz do Sol”, também da Record. “O bacana é que todas as personagens giravam em torno da música e das temáticas social e racial”, emenda.
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